Já Lá Vai 1 Aninho
Nem parece, mas o que é facto é que já se passou um ano desde que tive a minha menina nos braços pela primeira vez. Foi tão bom! Não há palavras que descrevam a sensação de ter pela primeira vez um filho nos braços. Acho que só as mães sabem o que é sentir aquele pequenino ser sair de dentro do seu corpo e segura-lo nos braços; saber que é frágil, mas forte, gentil e inocente. Este ano passou a voar! Tenho ainda a sensação que foi na semana passada que estava eu a tentar dormir, no meio de pontapés e dores de costas, quando, por volta das quatro da manhã do dia 1 de Abril parece que me descuido e faço um bocadinho de xixi. "E agora? Isto não tem cheiro, é liquido, não é verde, não é amarelo, não escorre pelas pernas abaixo tipo um balde de água e dores também não tenho: não deve ser nada...". Bem, após ter pensado em todas estas coisas voltei para a cama, tentar dormir, tarefa nada fácil, já que a Diana não parava sossegada. Devia estar a chamar-me: "Oh mãe! Vou nascer!". Às seis da manhã o episódio repete-se. Não esperei mais: acordei o Bruno, tomei banho, vesti-me, perfumei-me, pus as ultimas coisas na mala do hospital, ainda fomos a Sintra buscar a minha sogra, que já estava com os nervos em franja de não saber o que se passava comigo, e só então é que fomos para o hospital, onde chegámos por volta das 8 da manhã. Fui ao guichet, para dar entrada nas urgências obstétricas e a rapariga disse-me logo: "Olhe que os médicos estão a trocar de turno, por isso é capaz de demorar mais um bocadinho a entrar". Mais uma hora na sala de espera, sentada, de pé, já sem posição, nervosa só por ver a minha sogra de um lado para o outro, ainda mais nervosa do que eu! Finalmente nos altifalantes ouve-se "Sónia Curado, sala 2." Até que em fim! Entrei no gabinete, deitei-me naquela marquesa especial, onde o médico concluiu que me tinham rebentado as águas, mas tratava-se apenas de uma rotura parcial, ou seja, ia mesmo nascer. E lá fomos nós para a sala de partos, onde o enfermeiro Hugo, por ser um querido e por causa da maternidade do Hospital de S. Francisco Xavier ter passado para um edifício novo com equipamentos óptimos, me pôs a ouvir a rádio Capital cujas notícias eram: "Neste dia de sol maravilhoso, muita gente decidiu ir à praia!". E o dia foi-se passando... Occitocina, soro e nada. Apenas a vontade constante de fazer xixi, pelo que fique conhecida por "a grávida mijona" o que, diga-se de passagem, foi muito encorajador... Eram aí umas 6 da tarde e eis que começam as dores; chegam as temidas contracções. Mas vem de lá o anestesista e dá-me uma epidural. Sim senhor, não há dores, não há nada. Só uma comichão insuportável nas pernas e um monte de gente na sala de espera, preocupada com o que poderia estar a passar-se comigo, se eu estava bem, se estava mal. Por um lado estava mal: a minha última refeição tinha sido no dia anterior, estava esganada de fome e ainda por cima, em frente à sala de partos estava uma enfermeira a comer uma maçã e bolachas Maria. Por outro, até estava bem, pois estava deitada, à espera que a Diana resolvesse sair; até deu para dormir um bocadinho. E assim foi a tarde passando. Aí às 11 da noite, o Bruno foi para casa. Já que nunca mais nascia a Diana e estávamos a ver que ia ficar para o dia seguinte, ele foi descansar, pois também já não tinha posição no mini sofá fornecido aos papás ansiosos. Algumas horas, e mais duas doses de epidural mais tarde, começam a vir mais dores, mas já não me podiam dar mais epidural. Estava na hora. Acabei por sentir tudo, mas no final, o que me sobrou não foram as dores que tive, mas a recordação de ter sentido a minha filha a sair de dentro de mim, segurá-la nos meus braços pela primeira vez, uma linda menina de 50cm e 3,420Kg, perfeitinha, saudável e esfomeada! Foi o dia mais feliz da minha vida! Parabéns filhota por teres completado o teu primeiro ano de vida e por me fazeres a cada dia sentir que sou a mãe mais feliz do mundo!
5 comentários:
Tava complicado a Diana apesar de querer vir cá para fora ainda demorou um poco. Bom pra nós que ficamos com estas recordações que valem ouro.
Bjs
demorou a nascer a dianinha ;P estava com vergonha!beijinhos
Parabéns à tua menina!
Beijokas
Nídia e Eva
Parabéns atrasados, princesa!
olha adorei ler o teu "relato" o do miguel foi mais ou menos parecido ... e assim se passou um ano, de facto nao há nada como ser mãe
beijinhos
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