Lilypie Segundo Ticker

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Chegou o Verão!


Vi no blog da mamã Carina, que sugeriu que também fizesse o teste e tcharamm! Sou Pistachio!! E é verdade sim senhor que as pessoas ou gostam de mim ou não gostam de mim: não tenho meio termo!

De qualquer das maneiras hoje temos o dia mais longo do ano, e descobri que é mais longo em bragança (tem 15h13m) do que em Lisboa (só tem 14h54m)

Agora só espero que venham por aí uns diazitos de calor, porque andamos todos fartinhos de casacos e chapeus de chuva até as orelhas! Queremos PRAIA! MUITA PRAIA!

A todos os visitantes: façam o teste, que é muito interessante! É so carregar na imagem!

terça-feira, 19 de junho de 2007

O Cupido

A mamã Carina atribuiu-me este Cupido que simbolisa o amor que se dá e se recebe, qualquer tipo de amor!
Agora chega a parte dificil, que é atribuir o cupido a mais seis pessoas, portanto, aqui vai:
- Carla (Joni e mi)
- Carla (Antoska)
-
Claudia (Tomás)
- Telma (Diogo e Tiago)
- Patrícia (Simão)
- Nídia (Eva)
Às mamãs a quem não atribui o cupido, não se preocupem, pois de certeza que mais tarde ou mais cedo algém vo-lo vai mandar!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

A Última Aquisição da Diana



Resolvemos ir passear até ao centro comercial e entrámos na Bliss, onde as funcionárias são nossas amigas. Aqui está então a prenda que a Diana recebeu da nossa Paulinha que é uma querida! Claro que é daqueles telemóveis que estão na loja só para amostra, mas parecem verdadeiros. A Diana estava extasiada; toda contente a brincar com aquilo, finalmente tem um telemóvel que pode por na boca, sem haver o perigo de avariar! Mas é impressionante como aquilo parece um telemóvel mesmo a sério!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Mais Um Desafio...

...Desta vez, proposto pela mamã Gaby, e ao qual já vou um bocadinho atrasada para responder. Por isso, cá vai!

Eu quero... ser feliz, acima de tudo
Eu tenho saudades... de estar grávida
Eu acho... que o mundo é cruel
Eu odeio... gente mesquinha
Eu sinto... falta de ter amigos por perto
Eu escuto... sempre com atenção
Eu cheiro... a “Pomme d'Appi”
Eu imploro... para que me deixem em paz
Eu procuro... a verdadeira felicidade
Eu arrependo-me... de, por vezes, não dizer tudo
Eu amo... a minha filha mais do que tudo
Eu sinto dor... quando me desiludem
Eu sinto falta... de alguma compreenção
Eu sempre... desconfio de algumas coisas
Eu não fico à espera... que os milagres aconteçam (tenho que os fazer acontecer)
Eu importo-me... com aqueles de quem eu gosto
Eu pergunto-me... para onde vai o meu ordenado?
Eu tenho esperança... que me saia o euromilhões
Eu acredito... no destino
Eu danço... quando tenho vontade
Eu canto... todas as musicas que sei
Eu choro... quando tenho emoções fortes
Eu falho... porque fico exausta de lutar para vencer
Eu luto... pela minha felicidade
Eu escrevo... para me libertar
Eu ganho... o carinho da minha filha
Eu perco... a paciência muitas vezes
Eu confundo-me... com enigmas e mexericos
Eu estou... a dever horas à cama
Eu fico... passada com algumas coisas que me fazem
Eu preciso... de poupar dinheiro
Eu deveria... ser rica
Eu nunca... digo nunca!

Agora passo este desafio a todos aqueles que tiverem vontade de o fazer!
Beijinhos!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Bolo de Chocolate II

Há umas semanas postei este bolo de chocolate, mas só consegui tirar-lhe uma foto, ainda ele estava cru. Por isso aqui ficam as fotos do bolo depois de ir ao forno; da cobertura de chocolate; e do resultado final!

Também costumo cobrir o bolo com natas batidas, mas com a cobertura de chocolate corta o doce do bolo e fica óptimo!


sexta-feira, 1 de junho de 2007

Feliz Dia da Criança

E porque hoje é dia da Criança, aqui fica um excerto de um poema de Fernando Pessoa, com o eterónimo de Alberto Caeiro. É grande, mas vale a pena ler até ao fim!
"Num meio dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra,
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras,
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem

E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.

Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três,
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz

E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz no braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras nos burros,
Rouba as frutas dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas,
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus,
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia,
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.

Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que as criou, do que duvido" -
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
mas os seres não cantam nada,
se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres".
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa
...........................................................................
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos a dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade

Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos,
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono
..................................................................................
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu no colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é
.....................................................................................
Esta é a história do meu Menino Jesus,
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?"
Alberto Caeiro
"O Guardador de Rebanhos - VIII"